
Razões gastronômicas para degustar Manaus
Quer inspiração mais deliciosa do que montar um roteiro para conhecer Manaus, a partir da sua cozinha?
Para começar a entrar no clima, a Região Norte do Brasil é um “outro Brasil”, se considerarmos o que estamos acostumados a ver e a viver nas regiões Sul e Sudeste. Desde o clima até os costumes. Mas são as comidas típicas que marcam mais as diferenças. A começar pelos nomes indígenas de frutas e frutos da região amazônica, dos peixes de água doce pescados dos seus rios caudalosos que parecem mar, tudo isso misturado no caldeirão de culturas, misturas de povos e de tradições indígenas, que marca a cozinha regional do Amazonas.
Então vamos viajar pelos sabores de Manaus, em que cada prato inspira um passeio.
Vamos começar pelo café da manhã . Para saboreá-lo como um residente vale um passeio a um dos mais belos pontos turísticos de Manaus, o Mercado Adolpho Lisboa, com mais de 130 anos, construído em ferro, estilo Art Nouveau , localizado no Centro Histórico de Manaus, com um dos lados de frente para o rio Negro. Foi totalmente restaurado em 2013. Lá, além de saborear o típico café da manhã regional, também dá para conferir de perto as frutas e frutos que você irá saborear na primeira refeição do dia.
O café da manhã dos manauenses, ou manauaras, é à base de tapiocas com manteiga, recheadas com castanha-do-pará ou com fatias de tucumã (fruto da palmeira com gosto adocicado que lembra o do damasco), acompanhado de sucos com frutas da região como de teperebá (cajá), de cupuaçu (“parente” do cacau), ou do fruto da pupunha, que também é consumido no lugar do pão, apenas cozido em água e sal, servidos ainda quente com a manteiga derretendo por cima. Mais tradicional ainda é o café da manhã com o famoso X-Caboquinho (Confira a matéria ‘Sabor de Viagem’ – Ed.55 da nossa revista, pag 34), sanduíche de pão francês com queijo coalho, pacovã (banana-da-terra) e fatias de tucumã, acompanhado de café com leite.
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Gaste as calorias adquiridas caminhando pelo Centro Histórico de Manaus – sim, é possível ver algumas atrações num passeio a pé, que reserva construções icônicas da fase áurea do ciclo da borracha do final do século 19 e início do século 20, como o Teatro Amazonas, o Centro Cultural Palácio Rio Negro e o espetacular Conjunto Arquitetônico da Alfândega – afinal, Manaus é uma cidade portuária.
Você pode aproveitar que está no Centro Histórico para “fazer uma boquinha” ali mesmo, em frente ao Teatro Amazonas, no Largo São Sebastião, na barraca Tacacá da Gisela. Ela é famosa pela qualidade e autenticidade do tacacá – servido quente, na cuia e temperado como deve ser. O tacacá, prato de origem indígena, é um dos mais exóticos da região amazônica. É feito a partir da mistura de tucupi – caldo feito com o sumo da mandioca brava, jambu – erva que causa uma leve sensação de dormência na boca, goma de tapioca e camarão. Vale a experiência.
Dica: De sobremesa, vá de sorvete de frutas da região, como de cupuaçu, na tradicional Sorveteria Glacial , instalada numa das coloridas casinhas históricas do Largo. Ao lado da sorveteria está a Galeria do Largo – aproveite para comprar cestarias indígenas. Siga pelo largo, saboreando o sorvete, admirando as construções arquitetônicas ao redor: a Igreja de São Sebastião, o Palácio da Justiça e o Monumento da Abertura dos Portos.
Pirarucu, Surubim, Pacu, Tucunaré, Jaraqui, são alguns peixes amazônicos que estão na mesa dos manauenses e no cardápio de diversos restaurantes de Manaus. São peixes encontrados nas águas dos rios que cercam Manaus, como o Negro e Solimões. O prato tipicamente da cidade de Manaus é o “pirarucu de casaca”. O pirarucu também é conhecido como “bacalhau da Amazônia” porque geralmente é utilizado seco e o prato se assemelha ao do bacalhau de forno. Na receita, o pirarucu é cortado em pedaços, frito no azeite e então montado em camadas, com banana pecã frita, farofa feita com farinha de mandioca, ovos cozidos e leite de coco.
O prato inspira um passeio imperdível: o “Encontro das Águas”, para conferir o encontro das águas escuras do rio Negro com as barrentas do rio Solimões, que não se misturam até formar o rio Amazonas, o maior do mundo. O passeio de barco passa pela Ponte Estaiada, a segunda maior ponte fluvial do mundo, e pode ter escalas, como no Parque Ecológico do Janauari, com vilas flutuantes, cenários de vitórias-régias e árvores gigantes como as samaúmas, de mais de 60 metros. Também há paradas para passeios de canoas entre igarapés e para conhecer uma criação de pirarucu – o peixe chega medir 3 metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos.
Dica: O passeio “Encontro das Águas” tem várias opções que podem ou não incluir paradas e experiências, como nadar com botos, por exemplo, almoçar em restaurante flutuante etc. Consulte a RDC Viagens, agência preferencial do associado, para escolher o passeio que melhor atende seu objetivo e estilo de viagem.
À noite, você pode optar por provar petiscos e drinks “diferentões” como bolinho de pirarucu, caipirinha com jambu e cachaça de jacubu em locais tradicionais como o Bar do Armando no Largo São Sebastião, ou ir até a orla de Ponta Negra, com calçadão, jardins, bares e quiosques, para beber cerveja gelada, beliscar porções e ouvir música.
Dica: Aproveite para ver o pôr do sol sobre o rio Negro a partir do mirante da praia de Ponta Negra. Quando escurece, a orla recebe iluminação.
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